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Para CEO
O papel do RH está mudando. De uma área historicamente operacional, voltada para processos, folha de pagamento e recrutamento básico, espera-se agora que seja o motor estratégico das empresas, impulsionando a transformação dos negócios e assumindo um papel protagonista.
Essa mudança não é apenas uma questão interna da área de RH – CEOs de diferentes setores já perceberam que a escassez de talentos não é um desafio pontual de recrutamento, mas um fator crítico para o crescimento e a sustentabilidade das empresas. Os dados comprovam essa urgência: em 2024, 74% das empresas enfrentaram dificuldades para preencher posições – uma das taxas mais altas já registradas. No Brasil, esse número sobe para 81%, colocando o país entre os seis piores do mundo nesse indicador.
O impacto da falta de talentos é real e mensurável. A Lightcast apontou que 33% das empresas pesquisadas perderam dinheiro nos últimos 12 meses devido à escassez de profissionais qualificados, enquanto 60% consideram esse fator a principal barreira para o crescimento. Entre os CEOs, 72% já colocam a gestão de talentos como uma prioridade estratégica.
Além disso, um relatório da PwC sobre a visão dos CEOs para 2024 destacou três grandes preocupações:
O Gartner, por sua vez, aponta que 83% das lideranças de RH dizem ter dificuldades para encontrar profissionais com as habilidades necessárias, e 57% afirmam que essa escassez está afetando diretamente a performance corporativa.
Diante desse cenário, CEOs querem mais do que um RH que administra folhas de pagamento e conduz processos seletivos. Eles esperam um RH que automatize processos para aumentar eficiência e direcione seus esforços para o que realmente importa: o impacto estratégico.
O Business Partner, por exemplo, não pode mais ser apenas um apoio consultivo distante. Ele precisa atuar como um verdadeiro “consultor”, inserido no dia a dia das áreas de negócio, ajudando as lideranças a bater metas e garantir que as equipes tenham as competências certas para enfrentar os desafios do mercado.
A forma como as empresas organizam suas equipes não é mais apenas uma questão de eficiência financeira. Trata-se de uma decisão estratégica fundamental para garantir competitividade. O modelo tradicional de contratação fixa já não atende à velocidade e complexidade do mercado atual.
Uma solução cada vez mais adotada pelos líderes empresariais é a contratação de profissionais sob demanda. Esse modelo permite acesso rápido a profissionais experientes, sem a necessidade de ampliar estruturas permanentemente, reduzindo custos e acelerando a execução do planejamento estratégico.
Se antes a escassez de talentos era um problema do RH, agora ela se tornou um desafio que impacta diretamente os CEOs e a viabilidade de seus negócios. O futuro do trabalho exige flexibilidade, estratégia e uma visão inovadora da gestão de talentos. O RH que entender essa nova realidade e agir proativamente terá um papel fundamental na construção das empresas do futuro.
Já parou para pensar que sua área pode ser protagonista do futuro das organizações?
COO e co-founder da Chiefs.Group, começou sua carreira na Endeavor e consolidou seu background de Recursos Humanos liderando estratégias de pessoas na Movile. Foi um dos fundadores da vertical de crédito da MovilePay/iFood atuando com novos negócios e produtos. Formado em Administração pela UNESP com especializações em Estratégia, Business Partner e Liderança pelo Insper. Especialista em liderança, performance, modelo de gestão e empreendedorismo.
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